Há incontáveis quilómetros de qualquer lugar, no centro da Terra, há uma grande caverna.
Você não precisa acreditar. Você pode acreditar em magma, núcleo, e placas tectônicas. Tudo isso está lá...
Mas a caverna também.
Casa de uma serpente de tamanho imensurável, de uma mulher, uma tigela de prata, e de uma mente sombria.
E um homem trajado em vermelho. Um capuz cobre seu rosto, mas não seu sorriso. Ele vai ousar, e temeria sua própria ousadia, se algo o assustasse.
Ele se ajoelha, apanha um punhal, e sem hesitação trespassa sua mão. Sangue quente cái no chão, marcando a poeira pura com o sangue dos condenados.
Com seu dedo, ele começa a tracar letras no chão. Letras antigas demais, até para os deuses se lembrarem. Ao serem traçadas, cada uma dessas letras brilha, e um lamúrio pode ser ouvido no coração da humanidade.
"Vocês, que são meus pais e minhas mães. Meus irmãos e amantes. Os "Exilados". Eu quebro seu selo. Eu rejeito seu exílio. Eu os convoco."O chão treme. A Terra chora. Mas o homem continua resoluto.
"Em nome de Ymir, eu os convoco! Ergam-se! ERGAM-SE!"E o silêncio não é sua única resposta...
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Dias depois, a vida continua normal da cidade de Roma. Os monumentos antigos perdem sua cor se comparados com as maravilhas de aço e fibra que foram erguidos em honra ao engenho do homem moderno. Incontáveis luzes provam que a noite é um conceito inexistente, e que aquilo que a humanidade temia não tem mais seu espaço.
Mas eles sempre atingem a luz, de uma forma ou de outra.
O que seria mais uma noite agitada na Metrópole tomou proporções titânicas. Talvez não quando o primeiro carro fora esmagado. Mas com certeza o primeiro prédio que caiu chamou a atenção.
Gritos nas ruas! Pânico! Mortes e sons de humanos esmagados. Os militares avançam, usam suas armas.... Mas que chance teriam eles....
... Contra isso?
As pessoas clamam.
"SALVEM-NOS!"Vocês atendem?