Teste - Santo de ouro de Sagitário [1]

Nome do candidato: Tristan
Ordem: Atena
Player: Tristan
Teste Iniciado em: 14/04/09


Pedimos para que somente os usuários: Administrador Geral e Tristan postem neste tópico.
O sistema de testes poderá mudar no futuro (sendo postado de outra forma)

O usuário terá um prazo de 48 horas (dois dias) para responder cada etapa do teste (finais de semana não contam), após terminar os moderadores irão analisar e postar sua pontuação. Pedimos que tome cuidado com abreviações e gramática (ver regras sobre testes).

Equipe Saint Seiya World deseja boa sorte.


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"A kindest heart which always made me ashamed of my own..."
[Eva - Nightwish]

I - O Caminho do Cavaleiro

As primeiras luzes do Santuário cumprimentam o jovem, distantes ainda, um vislumbre de amanhecer entre as montanhas. Parada diante das escadarias que levam às Doze Casas, braços cruzados, ela o aguarda; o rosto com uma horrível cicatriz e o corpo forte, marcado de batalhas, revelam uma veterana e sobrevivente de várias batalhas. Mas é o de se esperar em tais tempos de guerra. Petra, outrora aspirante à armadura de Touro e colega do rapaz, dedicada hoje a treinar e proteger os jovens do Santuário.

"Tristan." ela o olha sem compreensão, sem simpatia, a frieza e dureza de suas palavras a força que protegera seu coração piedoso da destruição através das provações. "Finalmente o filho pródigo à casa torna. O que o traz? Está enfim pronto para assumir seu lugar?"

Sentado nas montanhas, observando as últimas estrelas da noite. Está aqui há algumas horas, apenas observando... Apenas sentindo o tempo passar. Seus olhos vagam pelo céu, buscando algum sinal, algum sentido, algo que ele possa entender como auspicioso.

"Talvez, se estivesse aqui, haveriam estrelas cadentes Izzie. Elas sempre apareciam quando você estava por perto."

E sente o peso das palavras. Havia muito tempo que não tinha dito seu nome. Ele sente o amargo gosto na boca. Quem sabe esse fora o sinal que ele esperou a noite inteira. O nome de Izzie, e quando o gosto sumiu de sua boca, os primeiros raios de sol cortaram o horizonte em linhas alaranjadas, prometendo uma bela manhã.

Uma manhã de recomeço.

Ele caminha passo a passo, sentindo cada um dos músculos dizerem que não, não querem se mover. A viagem foi cansativa, e seu corpo não quer voltar lá. Aonde tudo aconteceu. Mas o senso do dever é mais forte. Ele jurara proteger Atena, e dará cada gota de seu sangue em honra da deusa, a única coisa que lhe restou na vida. E ele não perderá isso.

A distância, ele vê Petra. Talvez a primeira pessoa que ele viu que também estava no desastre. Sua voz também se mostra endurecida. Triste. O corpo marcado de Petra lembrava seu próprio, mas ela não perdera tanto quanto ele. Poucos perderam.

"Petra... Há quanto tempo."

No tempo que ele esteve fora, treinando suas habilidades e curando sua mente, ele pensou pouco nas pessoas que estavam aqui. Apenas em Atena. A luz de Atena, em seus sonhos mais distantes e negros, providenciou a claridade necessária, para ele ver e aceitar sua missão.

E Izzie. Ela gostaria que ele voltasse.

Desta vez, ele olha nos olhos de Petra, com determinação ímpar.

"Voltei para assumir a armadura que foi deixada por meu mestre. Voltei para ser o guardião da nona casa, Sagitário. Vim honrar os desejos de meu mestre, e lutar por Atena, até que o abraço da morte me tome por completo."

Ele pausa.

"Nós dois deveríamos ter morrido aquele dia, Petra. E muitos outros dias que seguiram. Se estamos vivos, há uma razão. E esta razão é Atena. Tudo que nos resta é mostrar ao mundo que nossa deusa ergue-se novamente, forte e gloriosa como sempre."

Ele pausa. Izzie merecia estar aqui.

Não, não é o momento de dúvidas. Todas as dúvidas já estão para trás. Resta apenas determinação agora. Determinação de voltar ao caminho do cavaleiro!

"Eu, Tristan, requisito a armadura de minha estrela protetora. Meu sangue derramado nessas escadarias nas guerras, queima pela justiça de Atena. Meu sangue quer servir nossa deusa!"

E vingança. O sangue também clama por vingança.

II - O Peso do Nome

"Mas não morremos. Realmente, Tristan, é pela vontade e pela missão de Atena que vivemos. Perdemos nossas vidas, alegrias e histórias, mas mesmo assim nossa fé ainda nos move. E, graças a ela, temos a chance de recomeçar e ganhar novas vidas."

Se a expressão no rosto suavizasse um pouco, as palavras pareceriam um pouco mais confortantes.

"A justiça de Atena ou a sua própria? Os Santos são exemplos para a humanidade, Tristan. Tudo o que Atena quer para os homens -- justiça, alegria, bondade -- deve estar espelhado em cada um de seus cavaleiros. Pense a respeito! Nem sempre esta é a máscara certa!"

"Mas chega de sermões por ora; quem deve julgá-lo é Atena, ninguém mais. Agora, prove-me seu valor como Santo. Prove que é digno da sagrada armadura de Sagitário, digno de ser o sucessor de seu mestre, e de estar a serviço de Atena. Passe por mim, Tristan!"

E, braços cruzados, aguarda, o cosmo elevando-se gradualmente.

Ele não diz nada. Apenas olha a postura de Petra por alguns poucos segundos, e coloca as mãos na cintura.

"... Seria estupidez a minha avançar contra você agora, Petra... Ainda mais que seus braços estão cruzados."

Na distância que estão, ele estende um braço para frente, como se segurasse algo imaginário com as mãos, e um arco luminoso surge entre seus dedos. Reluzente como uma estrela. Ele puxa uma flecha imaginária, e arma o arco. A flecha torna-se luz pura, agora aparentemente sólida, pronta para atacar.

"Sua técnica se baseia na defesa impenetrável e no ataque relâmpago. Já eu... Não existe nenhuma defesa que minhas flechas não possam atingir."

Seu cosmo se eleva. Inicialmente em uma cor branca, que o dourado logo toma conta. A flecha tensiona mais no arco. Ele franze as sombrancelhas, e dá um salto para trás.

"FLASHING BOLT! -- Termopilas' style!"

No meio do salto, ele não dispara apenas uma flecha, mas sim diversas. As flechas, na velocidade que são disparadas, parecem estrelas cadentes investindo com violência, emitindo uma claridade enorme, cegante. Apenas uma é ameaça imediata para Petra, que ele imagina que ela bloqueará com facilidade. As flechas cravadas no chão, formando um corredor, ligando Petra e ele.

"Acabou a luta, Petra. Você sabe disso."


Seu cosmo se eleva mais uma vez, e ele estala os dedos.

"Breaking Point!"

As flechas, cravadas no chão, brilham mais forte, como se fossem instáveis... e explodem, ao lado da treinadora do Santuário.

"Heh." é a resposta.

Ela dá um meio sorriso ao ver o arco luminoso, estreitando os olhos para os proteger um pouco da luz, e apenas se esquiva alguns centímetros para o lado para evitar que a flecha alcance algum ponto vital. O ataque rasga seu flanco e a atravessa como uma faca na água, mas ela não sai da posição.

"O fim é o fim; antes disso..." e seu cosmo explode também ao sentir o de Tristan e ela ergue um dos braços, ativando... "Supernova Titânica, Reversa!"

Nem de longe poderosa o bastante para fazer tremer a terra ou obliterar adversários, mas com todo o cosmo concentrado à volta de Petra num escudo defensivo, a técnica deflete parte razoável do poder ofensivo de Breaking Point.

"Antes disso, Tristan, é tolice dizer que terminou." ela cospe sangue no chão, abaixando os braços; seu estado, embora lastimável à primeira vista, não a incomoda -- apesar de ela piscar muito, forçando os olhos a voltarem ao normal. "Seu ataque é impressionante, com certeza. Belo e fatal. Numa luta a sério, realmente não saberia dizer se o poderia vencer. Muito provavelmente não."

"Mas seu poder é equivalente à sua arrogância. O poder traz a segurança; como escolhido de uma armadura dourada, seu nível de poder irá facilmente transformar-se em cegueira e autoconfiança demasiada. Tome cuidado."

"Você também não hesitou em atacar uma pessoa sem armadura, que não representa ameaça alguma a Atena ou a você, usando uma técnica potencialmente letal... embora tenha tido o cuidado de minimizar os possíveis danos, não é? Você é determinado; outros hesitariam. E ao mesmo tempo é cuidadoso; outros não hesitariam em tentar matar. É uma boa combinação para um Santo dourado, Tristan, desde que sua própria firmeza e estabilidade mantenham segura essa linha tênue entre determinação e compaixão."

Ela suspira e cruza os braços novamente. Talvez seja simplesmente uma posição confortável para ela.

"Tristan. Atena precisa de guerreiros. Mas esses guerreiros, os Santos, não podem ser desprovidos de um coração bom e justo. A chama do seu coração tremula em seu peito, inflamada pela vontade de servir, mas será apenas isso? Qualquer treva, com o tempo, irá corroer e consumir qualquer traço dentro de você das qualidades necessárias para ser um escolhido de Atena; para ser um Santo, Tristan, você deve ser capaz de superar seu pesar. De qualquer maneira."

Não consegue evitar parecer admirado frente ao poder defensivo da Supernova Titânica. O arco de luz em sua mão encolhe, tornando-se uma pequena bola luminosa entre seus dedos, e ele também é dissipado. Calmamente, ele analisa os estragos. Ele segurou a potência do golpe o suficiente para que Petra apenas tivesse algumas queimaduras leves. Porém, ele observa, satisfeito, as marcas de destruição no solo. O efeito foi exatamente o que ele esperava: uma cúpula.

Depois de analisar a própria técnica, ele se vira para Petra.

"Não quis insultar suas habilidades, treinadora do Santuário. Eu sabia que você não iria se expor a perigos potencialmente fatais apenas cruzando seus braços e esperando pela minha falta de pontaria."

O comentário poderia ter soado de forma jovial se não fosse pela dissonância entre tom de voz e expressão facial. Sua voz suavizou, mas sua face permanecera tão séria quanto antes.

"E sim, eu segurei a potência da minha técnica, e evitei propositalmente trespassá-la em pontos vitais. Afinal, como você mesma disse, eu não tenho motivos para ferí-la, ainda mais você, que ainda tem que treinar muitos outros aspirantes. Machucá-la seria estupidez, um desserviço para Atena. Porém, numa luta a sério, contra um invasor, eu não hesitaria em fazê-lo."

"Além disso, minha técnica principal existe apenas quando eu guardo meu arco; essa técnica será usada em nome de Atena apenas. E eu não ousaria usá-la contra alguém que já me foi querida."

Ele olha para Petra, processando sua 'bronca'. Ele ouve educadamente cada um de seus comentário, e no final, responde.

"Vivemos em tempos difíceis, Petra. Tempo em que um segundo de hesitação pode custar a vida daquele ao seu lado. Não vivemos em tempos de paz, mas sim em tempos de tristeza, após uma guerra que ainda continua em nossos corações. Quem acredita que vivemos em paz é um tolo, pois não há um dia em que não hesitamos em dormir, acreditando que amanhã não acordaremos. Você pode dizer, com toda certeza, que não há mais perigo? Que as pessoas vivem sua vida sem medo?"

Ele balança a cabeça.

"Eu sobrevivi as batalhas não pela minha força, mas pela vontade da Deusa. Eu enterrei meu medo, e já chorei minhas lágrimas por el.... Eles que se foram. No momento, eu sou como cada um dos homens que servem Atena -- tenho minhas feridas, mas não deixo que elas entrem em meu caminho. Eu as vejo, entendo, e uso-as como mais um motivo. Impedir que o que houve comigo, conosco, se repita."

"Entenda, eu sou um arqueiro. Para mim, existem apenas duas coisas a serem consideradas: meu alvo, e o projétil que usarei para atingí-lo. Meu alvo é servir Atena. E por enquanto, minha dor é o melhor projétil para fazê-lo. Um dia, haverão tempos melhores, em que surgirão homens melhores, e eu também serei um homem melhor. . Mas hoje, precisam de mim como eu preciso da minha dor para servir. Minha dor alimenta minha fé. Um dia ela passará, e só sobrará fé e o coração, mas nós não temos todo o tempo necessário para curar-nos completamente. Precisamos sobreviver, para que podemos proteger aqueles que não podem se proteger. Essa é nossa missão sagrada; e eu a realizarei sem distrações, por Atena."

III- O Nascimento de um Santo

"Você não é alguém que se submete a tempos bons ou maus, Tristan. Há muito você deixou de ser um menino para se tornar um homem." Petra fecha os olhos. "E quem é você para falar de medo? Sua perda foi maior que a de muitos. O que mais você tem a perder, o que mais você tem a sangrar? Pessoas como nós não mais temem a morte. Não mais temem o sofrimento. Resta apenas o caminho adiante... ou o esquecimento. E nós escolhemos caminhar."

"Entenda. Minhas críticas não são direcionadas a um cavaleiro. Não sou ninguém para contradizer a vontade de Atena, e ela o escolheu. São palavras direcionadas a um outrora amigo e companheiro de labuta e brincadeiras. Como treinadora, nada mais tenho a lhe dizer. Como amiga... desejo do fundo de meu coração que veja, realmente, o tempo necessário para fechar suas feridas."

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[aguardando pontuação final e concorrente]

Resultado:

Ficha: Bem escrita e planejada, técnicas balanceadas entre preexistentes e novas. A ficha, no geral, segue bem o que se espera de um aspirante a nível 1.

Interpretação: Excelente, misturando boa descrição do ambiente e ações com a carga emocional da personagem.

Hab. de Combate: Conseguiu o equilíbrio esperado no convite-armadilha ao ataque.

Lógica: Novamente, excelente.


Pontos extras:

Fé inicial: A motivação, pelo que foi explicado, consiste basicamente em vingança e pesar somados a altruísmo e senso de justiça, e sempre orientados ao serviço de Atena.

Ortografia: Impecável.


Resultado final

Aprovado! Obteve 151 pontos de experiência e 65 pontos de atributos. Parabéns!