O Grande Templo

Existe um único dia para cada ano em que todos os sacerdotes se reunem em um grande templo. Os imensos portões são trancados e as janelas lacradas: apenas os sacerdotes dos deuses maiores permanecem no local. Muito é discutido lá dentro, muito acontece lá dentro. Ao final da reunião, os portões são abertos e os fiéis invadem o templo como uma onda violenta se espalhando pelo salão. E o que se observa é maravilhoso: representações das grandes divindades nórdicas, cada uma em sua peculiar posição: acredita-se que elas se movam... Assim, ano após ano, os sacerdotes se reunem, tramcam o templo e as estátuas ganham vida por alguns segundos. E, desde modo, mantém-se o frio que sustenta a frágil harmonia do planeta...

O templo era magnífico, a sacerdotisa de Apollo contemplava a beleza do local, o inverno era intenso e sentia falta do calor do Sol da Grécia, mas o clima frio não era de todo ruim, achou que poderia ser pior, dentro daquele local antigo o calor era suficiente para fazer com que o trench coat branco desse conta de conter o ar gélido.

Havia adentrado ao local logo após a representante do Submundo, se dirigiu ao homem de feições duras que reconheceu como sendo Odin, depois de seus brevíssimo encontro no Concílio organizado por Athena. Se dirigiu a ele e fez uma mesura alta o suficiente para não indicar submissão e baixa o suficiente para indicar total respeito pela figura a sua frente, não sabia se ele entenderia o gesto tão próprio de sua cultura.

"É uma honra rever o Pai de Todos. Sou Sugimoto Kitana, Anjo de Tirésias e Pitonisa de Delfos.", se reintroduziu, caso ele não se lembrasse dela, assim evitaria aquele constrangimento que ocorre quando as pessoas não se lembram das outras.

A mestiça nada disse, apenas seguiu a reincarnação de Odin para dentro daquele magnífico Templo. Sentia os olhares dos deuses nórdicos sobre si, pareciam reais e isso lhe causava certo incômodo, mesmo assim mantinha sua tranquilidade, aparentando que tudo estava perfeitamente normal. Até olhava as estátuas de vez em quando, contemplando sua perfeição e beleza.

Ouvia enquanto Rögnvaldr contava os ritos de suas terras, não duvdava da realidade de seu relato, afinal, era a Pitonisa de Delfos e sabia mais do que ninguém o quão importantes eram os rituais e cerimônias.

"Muito interessante, Odin-Sama." comentou a cerca dos rituais. "Os rituais aos deuses são realmente importantes, não se pode ignorá-los."

Entrou naquela sala e olhou aquela mesa, em sua mente se perguntava quantas decisões importantes haviam sido ali tomadas, o fogo aquecia a sala, o que a permitiu retirar o sobretudo e colocar sobre a cadeira que o Pai de Todos dispunha no ambiente, ficando somente com um casaco de lã mais leve.

"Ariagatô gozaimashita, Odin O Mi Kami." agradeceu com uma mesura antes de sentar-se.

Ouviu Athena se pronunciando atentamente, notando e se questionando onde devia de estar sua "irmã" em uma hora tão imortante quanto estas.

"Juramentos são de suma importância e devem ser levados muito a sério. O que juraremos aqui, se me permitem questionar? Não posso jurar algo que não poderei cumprir, isso é uma grande desonra.", falou com sinceridade, havia chegado atrasada ao Concílio no Santuário e sabia do juramento, só não sabia o que teria de jurar e lhe desagradava muito jurar algo que não pudesse cumprir.

Rögnvaldr sorri docemente. "- Calma... Não apressemos a primavera. Prestar um juramento sem visitar os quatro cantos de Midgard ou sem investigar as intenções de Loki é prematuro"

A reencarnação de Odin sabia o que estava fazendo e falando, por isso, Kitana se permitiu confiar na palavra do nórdico, puxou uma cadeira e pedindo licença sentou-se a mesa, o calor do fogo prenchia o ambiente, deixando-o aconchegante até para ela que estava tão habituada a viver sob o Sol.

"Pois bem, então... Investigaremos, deliberaremos e depois nos preocupemos com a questão do juramento.", aceitou a proposta. "E mesmo Athena O Mi Kami é uma deusa em um corpo humano... Creio que todos nós mereçemos um descanso após essa viagem."

Mas logo voltou-se para Rognvaldr, tinha uma dúvida, podia não ser importante, mas certamente não lhe deixaria descançar se não obtivesse uma resposta.

"Tem tido alguma informação a respeito da movimentação de Loki? Algum evento suspeito ocorreuque poderia ter ligação com ele?", questionou o Pai de Todos, afinal era para isso que havia saido de Delfos e viajado até Midgard, para investigar o inimígo e forjar uma aliança.

[OFF: Morreram???]

A calma era absoluta e perfeita dentro do santuário. Parecia que tudo se mantinha numa harmonia perfeita num equilibro majestoso. Quem sabe, talvez, conseguissem ouvir a própria respiração aqueles que não conversassem lá dentro. Claro que tudo isso virou passado no momento em que em que começaram a ouvir um zunido e então algo que se assemelhava a um grito ficar cada vez mais alto.

Allen fez uma entrada triunfal ao abrir as portas com tudo deslizando, não se sabe como, num treno de neve vindo de não se sabe onde.

- Atenção senhoras e senhores! O primeiro e unico Allen McFly foi o grande vencedor da corrida de Trenos de todo o mundo. Uma salva de palmas, oh yeah! Muito bem, agora quem é... que vai.... me..... cumprimentar.....? Hum.... onde é que eu fui entrar?

Efetivamente, a capacidade do garoto de fazer entradas absolutamente espalhafatosas, no limite do bom senso e incrivelmente idiotas ultrapassou novamente os limites. Bom, é fazendo merda que se aduba vida, não? Pois é, ele era um caso perdido. A grande questão é que ele já estava dentro e não podia fazer muita coisa para melhorar a situação.

- Ah... humm..... er...... right. - Fez uma reverencia geral. - Aham... Oh, Pai de Todos, é uma honra estar em sua presença, assim como em sua, deusa Athena. Senhoras. - disse incluindo as sacerdotisas. - Peço perdão por minha... ahn..... entrada..... agitada - Agitada, claro, como não? - Já que estou aqui, tem como eu ser util em algo?

O lugar era impressionante. As estátuas era magníficas e passavam uma sensação de que poderiam se mover a qualquer momento. O espaço em si era incrível. Agora, todas aquelas pessoas não precisavam ficar tão serias. Claro, aquilo era um santuário, mas mesmo assim. Ele resolveria isso depois, se pudesse.

A deusa da sabedoria se aproximou dele e perguntou pelos outros. Perguntinha difícil de responder. Ele tinha apenas pego a primeira coisa que vira pela frente -o tréno - e começara a se divertir com ele, não tinha exatamente visto para onde os outros foram.

- My goddess, queira me perdoar, mas não cheguei a ver... humm..... precisamente para onde os outros foram, mas sei que ouvi que uns estavam indo para os alojamentos, enquanto outros estariam por ai vadiando.... I mean..... conhecendo o lugar. ^-^" No geral, acho que quase todos foram descansar, salvo um ou outros que está andando por ai. Mais alguma coisa?